domingo, 20 de setembro de 2009

Novas tendências nas relações de trabalho no Brasil e no mundo

A atual onde de inovação, apoiada pelas tecnologias de informação e na microeletrônica - período que Milton Santos definiu como "técnico-científico-informacional", atinge essencialmente os empregos industriais. Ela impulsiona a produtividade na indústria , ampliando a produção e repelindo trabalhadores.
A automação da produção elimina postos de trabalhos de duas maneiras. Diretamente, ela torna redundantes trabalhadores de baixa qualificação, tanto nas linhas de montagem como nas funções de controle. Indiretamente, porque os ramos e tipos de indústrias incapazes de operar com os mesmo níveis de produtividade que as empresas maiores, acabam por fechar as portes, ou se transferem para países que oferecem força de trabalho mais barata. Esta revolução tecnológica combina-se com a globalização econômica, uma vez que redesenha "geograficamente" os postos de trabalhos. Os empregos que desaparecem em países como Estados Unidos ou Alemanha, reaparecem na Coréia do Sul ou Tailândia, por exemplo, uma vez que estes países ainda contam com uma massa de camponeses que se dirigem para as cidades, fazendo desses países uma grande fonte de mão de obra barata.
No caso brasileiro, desde a década de 1990, a produção de veículos cresceu aceleradamente, praticamente sem ampliação na força de trabalho empregada. A exposição do mercado interno à concorrência externa e novos investimentos internacionais impulsionaram a automação das linhas de montagem e a ampliação da produtividade.
Assim como as inovações atingiram os setores primário secundário da economia, alguns sinais indicam que o próximo salto da produtividade irá atingir também o setor terciário, uma vez que a automação começa a invadir serviços como processos bancários, telecomunicações. Previsões catastróficas enxergam um horizonte de caos: depois dos setores primeiro e secundário, agora o setor terciário estaria condenado a substituição do homem pela máquina. A teoria econômica, por sua vez, se mostra menos pessimista, afirmando que os empregos suprimidos são, ao mesmo tempo, substituídos por outros. Porém, a realidade não tem se mostrado tão otimista, já que estes novos empregos costumam surgir sim, mas em lugares geográficos distintos dos antigos.

Henrique

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